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A menina que aprendeu a matar centopeias
Não preciso que todos os dias sejam
mansos. O meu corpo não é de seda.
Acordo muitas vezes com pele de árvore
e já provei o sangue das tempestades.
Quase nunca sou brisa. Mais vezes sou
vento nascido dos trovões. Caminho descalça
na lama. Tenho braços de furacão. Não sou
frágil. Não sou do meu tamanho.
Eu sou a menina que cresceu. Que decorou
gritos de guerra. Que salta muros e cercas.
A menina que aprendeu e agora sabe
matar dragões e centopeias.
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Virgínia do Carmo nasceu em França em 1973, e cresceu em Trás-os-Montes, onde estão todas as suas raízes. É licenciada em Comunicação Social pelo ISCSP / UTL. Foi jornalista no início do seu percurso profissional, tendo deixado esta actividade para se tornar livreira. Em 2013 fundou a Poética Edições, projecto a que se tem dedicado desde então.
É autora de algumas obras, de que se destacam Relevos (poesia, Poética Edições, 2014), Poemas simples para corações inteiros (poesia, Poética Edições, 2017), Ecos de Green Rose (poesia, Poética Edições, 2019) e Uma luz que nos nasce por dentro (contos, Reed. Poética Edições, 2020) e Zulmira morreu (romance, Poética Edições, 2021). Está presente em algumas obras colectivas, como a antologia de escritoras transmontanas, Por longos dias, longos anos, fui silêncio (Âncora Editora, 2015), a antologia de autores portugueses e galegos Terra, (Galiza, 2015), a Plaquette Colectiva de Textos Breves Debaixo do Elmo (Escola Superior de Educação, Porto, 2016), a homenagem a Paul Celan no centenário do seu nascimento, A norte do futuro. (Poética Edições, 2020, organização de Maria Teresa Dias Furtado), Sou tu quando sou eu. Homenagem à amizade(Poética Edições, 2021, organização de Maria Teresa Dias Furtado) e Água Silêncio Sede. Homenagem Poética a Maria Judite de Carvalho no centenário do seu nascimento (Poética Edições, 2021).
Organizou a antologia 13 Poetas Portugueses Contemporâneos (Argentina, Leviatán Editorial, 2020).
Mais recentemente viu alguns poemas serem traduzidos para castelhano e incluídos na antologia Tras los claveles. 35 poetas portuguesas 1970-1999 (Espanha, Garvm Ediciones, 2022).
Ainda em 2022, foi uma das poetas a representar Portugal no ACRUX - Festival de Poesia e Ciência do Estreito de Magalhães, no Chile.
A sua obra “Zulmira morreu” está traduzida em mirandês e espanhol.