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Por Virgínia do Carmo   Estar aqui, ao lado de uma poeta que admiro desde o primeiro verso – desde o primeiro verso  seu que eu li, entenda-se – é de um encantamento incrível, e, ao mesmo tempo, de uma responsabilidade aterradora. Tenho um medo enorme de não interpretar bem as suas palavras, e esta é uma angústia que nunca me abandonará.  Mas tranquiliza-me um pouco o próprio teor dúbio do conceito de “interpretação”: “sentido em que se toma o que se ouve ou o que se lê, e que se julga ser o verdadeiro; comentário; versão. Interpretar pode ser, até, entendido como traduzir. Então, peço-vos que entendam o que vou dizer como a tradução do que a Graça escreveu...

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  Por  Mário J. Gomes    N’ A Feminina Prudência, de Júlia Lello, há sempre um jogo de equívocos. Prudência? Ou imprudência!, mas do que estamos a falar?, a dita imprudência pode ir de irreflexão, o que é de evitar, dizem, até à temeridade, o que é de promover; mas será prudente?… um título assim, que nos confunde e desampara! Logo no primeiro poema, o equívoco e consequente insegurança continuam “O livro ou talvez não”. O que se procura, porque se fazem os caminhos – por um livro ou por uma pessoa? Uma certa pessoa, talvez. É um jogo, um...

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João Pedro Mésseder, poemas para crianças; -

Joana Rios da Rocha* Publicado em As Artes entre as Letras, n.º 284, 10-2-2021, pp. 10-11   Poemas Tangerinos (Mésseder, 2020), livro de poesia infanto-juvenil publicado pela bracarense Poética Edições, nasce do encontro entre os textos poéticos de João Pedro Mésseder e os desenhos de Helena Mancelos – ilustradora, artista plástica, pedagoga artística. Autor de livros infantis e de obras para adultos, vários deles premiados, como Versos com Reversos, Palavra que Voa, Pequeno Livro das Coisas, De Umas Coisas Nascem Outras, Fissura e outros, Mésseder apresenta com esta obra recente uma forma de comunicação literária muito própria e especial para o...

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Por Cecília Barreira*    Nasceu em França em 1973. Licenciou-se em Comunicação Social em Lisboa e está à frente de um projeto editorial de relevo, a Poética Edições. Desde 2013. Não esconde as raízes transmontanas. Iniciou o percurso poético em 2004 com a obra Tempos Cruzados. Em 2011 publica “Uma Luz Que Nos Nasce Dentro”, contos. E aí se vislumbra o universo telúrico e visceral de onde emerge o discurso narrativo. Um diálogo com a morte, a vida, um interlocutor algo incognoscível. “Mas temos estado sós desde que nasceste. Sós e impedidos de estarmos um com o outro. Porque nos...

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Por Lourdes Divina Ortiz de Camargo Considerações finais da dissertação de pós-graduação strictu sensu em língua, literatura e interculturalidade (Universidade de Goiás, Brasil)   Elegendo como abordagem central da pesquisa o conjunto da obra literária de Graça Pires, nosso objetivo foi realizar um estudo sobre a metáfora da água na poesia dessa poeta portuguesa contemporânea. Fez-se uma viagem pelos caminhos das águas, matéria-prima fluida e por vezes incontida que evoca memórias várias: a infância, a solidão, as perdas. Apreender a poesia na obra desta poeta foi tarefa que demandou sensibilidade e perspicácia, pois sua escrita, apesar de se mostrar de certa...

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