A tempo do tempo é um livro que se foi construindo ao longo dos últimos 12 anos, anos esses marcados por perdas importantes para a autora, o que foi levando a sua escrita na direção de uma certa angústia pela passagem do tempo. A desilusão mas também a esperança são tópicos que marcam os versos de Paula Banazol de Carvalho, assim como o amor e a vida em todas as suas dimensões.
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Acho muito curiosa a naturalidade com que a Paula se exprime, como quer, com expressões da oralidade sem filtros: “nem uma pessoa se preocupou / com o raio da chave do cadeado do baú” ou “os espelhos são uns aldrabões que me mostram lágrimas”, ou “não é possível destruir os sonhos / de repente / como quem corta um pedaço de alcatra”.
Declara-se “personagem de uma história que não escrevi”, ignorante das razões primeiras da sua existência, sem formular, no entanto, perguntas banais nem mergulhar em divagações filosóficas.
Licínia Quitério (excerto do prefácio)
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Paula Banazol de Carvalho (n. Lisboa, 1954) fez o seu percurso profissional entre a banca e a contabilidade. Em 2005 o seu encontro com a poesia assumiu-se mais visivelmente com a criação do seu blogue “As minhas romãs” e desde então até 2012 publicou 7 livros de poesia.
12 anos depois, publica o seu oitavo título, com a chancela da Poética Edições.
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Edição: Abril de 2024 | ISBN: 978-989-9070-84-4 | Páginas: 98 | Encadernação: capa mole | Formato: 12cmx22cm