Obra bilíngue (português e mirandês)
«Por q’hei de fazer un perfácio, se nun sou poeta: nien tengo palabras sábias! Sou tosco artesano de ferramientas d’aço: çuola, scoupre, rude ajuntador de letras, la palabra sentida, pertence a esta poeitisa. Tal cumo eilha, bibo na scrabidon: salo para loinge de la mie Tierra, mas nun hai modo de la mie Tierra salir de mi. “L bércio chama-me, la bide stica, duol… Duol, mas nun se scocha.” … “You sou deiqui / d´adonde se me perde l mirar / an bistas lhargas i assomadeiros, / d´adonde las paredes berdégan / mofosas i cun mangeilhos / las piedras trítan cun l cenceinho / céçan ne l rechino / las teilhas crían pelindrengos. / De nuite l cielo ye negro / crabiado de streilhas.”»
Carlos Ferreira (do prefácio)
*
Adelaide Monteiro nasceu em 1949, em Especiosa, Miranda do Douro. Licenciada em Contabilidade e Administração Fiscal, é professora aposentada do Ensino Secundário. O mirandês foi a sua primeira língua. Tem publicadas as obras Antre Monas i Sbolácios (poesia, Zéfiro Edições, 2010) e Bózios, Retombos i Silêncios / Gritos, Ecos e Silêncios (poesia, Produção Independente, bilíngue, 2015). Participou nas antologias Terra de Duas Línguas I e II (Academia de Letras de Trás-os-Montes/ Lema d’Origem Editora), Por Longos Dias, Longos Anos fui Silêncio (Âncora Editora, 2015), 40 Poetas Transmontanos de Hoje I e II (Academia de Letras de Trás-os-Montes/ Âncora Editora), Antologia de Autores Transmontanos, Durienses e da Beira Transmontana (Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa), Rellatos y Poemas de la Caleya (Astorga), O Sangue dos Rios, (Homenagem a Fernando Namora) e O Sol é Secreto (homenagem a Eugénio de Andrade). Tem vindo a colaborar com as publicações Fuolha Mirandesa e Jornal Nordeste desde 2009. Paralelamente, dedica-se à pintura, desde 1993.
Edição: Agosto de 2021 | ISBN: 978-989-9070-08-0 | Páginas: 112 | Encadernação: capa mole | Formato: 14cmx22cm