Era madrugada em Lisboa - Louvor a um dia com tantos dias dentro

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"50 anos depois, dedico este livro aos Capitães de Abril e a todas as pessoas  que amam a liberdade."

Graça Pires 

 

*desenho de Rosário Alves

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Todos sabiam de cor uma canção.

Todos tinham um poema na memória,

ou lembravam uma prece antiga.

Todos tinham no peito um rio

sem margens a alagar o sonho.

Em cada esquina um amigo, cantara o Zeca.

Verdade irrefutável, premonição,

senha indicada à boca da vertigem,

um ímpeto no espanto há muito pressentido.

p.12

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Graça Pires nasceu na Figueira da Foz a 22 de novembro de 1946. É licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Editou o seu primeiro livro em 1990, Poemas, após ter recebido o Prémio Revelação de Poesia da APE em 1988. Depois disso, publicou mais de uma dezena de livros de poesia, muitos dos quais premiados.

Participou em várias revistas e antologias de poesia, em Portugal e no estrangeiro.

A sua mais recente obra, também publicada pela Poética Edições, Antígona passou por aqui, ficou entre as obras finalistas dos Prémios PEN 2022.

É sócia da Associação Portuguesa de Escritores e da Sociedade Portuguesa de Autores.

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Obras de Graça Pires na Poética  

 Espaço livre com barcos (2014)

Uma claridade que cega (2015)

Fui quase todas as mulheres de Modigliani (2017)

A solidão é como o vento (2020)

Antígona passou por aqui (2021)

O improviso de viver (2023)

 

Edição: abril de 2024 |  Páginas: 40 | Encadernação: capa mole | Formato: 12cmx22cm | ISBN978-989-9070-82-0