O NADA VIRADO DO AVESSO. EM TORNO DE WISŁAWA SZYMBORSKA

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Primeira obra colectiva em língua portuguesa sobre a poetisa polaca W. Szymborska lançada em Portugal no âmbito da 13.ª Conferência Internacional da Série Culturas Ibéricas e Eslavas em Contacto e Comparação, sob o mote "Muros que Caem, Muros que se Levantam: 30 Anos após a Queda do Muro de Berlim".

O denominador comum a editores e autores deste volume é o facto de serem leitores e admiradores da poesia de Wisława Szymborska que ensejam partilhar as suas impressões de modo a alargar o leque dos seus leitores.

Participaram, neste projeto internacional, poetas, professores, investigadores, tradutores, o secretário da poetisa e a própria Wisława Szymborska, com a palestra proferida na cerimónia de entrega do Prémio Nobel, em 1996, e agora traduzida pela primeira vez para a língua portuguesa.

Esta obra surge 23 anos depois da atribuição do Nobel da Literatura àquela poeta polaca.

Assim falam desta obra os seus coordenadores:

Preferimos com Wisława Szymborska as datas não redondas que se festejam todos os dias (Possibilidades) e permitem celebrar, em qualquer momento, a obra de uma das poetisas mais originais e icónicas da literatura mundial.

O título do presente volume toma de empréstimo um dos mais sugestivos versos de Szymborska, condensando, de forma lapidar, os desconcertantes paradoxos e as férteis antinomias que percorrem esta singular voz poética. Assumindo uma indelével ressonância existencial, perspectivar, com Szymborska, «o nada virado do avesso» seria, assim, um modo privilegiado de subverter o normal horizonte das expectativas que projectamos sobre o mundo, equacionando no tecido do ser outras possibilidades de existência.”

Ricardo Gil Soeiro (n. 1981) é poeta e ensaísta. Doutorado em Estudos Literários pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde é investigador do Centro de Estudos Comparatistas, desenvolve pesquisa sobre literatura comparada, teoria da literatura e estudos pós-humanistas. Organizou e traduziu o volume As Artes do Sentido, de George Steiner (Relógio D’Água, 2017), traduziu Confissões e Anátemas, de Emil Cioran, e coeditou o livro Paul Celan: Da Ética do Silêncio à Poética do Encontro (2014). Publicou os seguintes livros de ensaio: O Pensamento Tornado Dança (2009), Poéticas da Incompletude (2017) e, mais recentemente, O Claro Enigma da Matéria: Uma Aproximação Pós-Humanista à Poesia de W. Szymborska (Abysmo, 2019). Em 2012 veio a lume L’apprendista di enigmi, uma antologia poética traduzida para o italiano. Com Iminência do Encontro foi galardoado com o Prémio PEN Clube Português – Primeira Obra 2010. Com o livro A Sabedoria da Incerteza foi finalista do Prémio PEN de Ensaio 2016. Com o livro Palimpsesto foi finalista do Prémio Autores 2017-SPA, na categoria de Literatura – Melhor Livro de Poesia. Com o livro A rosa de Paracelso foi finalista do Grande Prémio de Literatura DST 2018.

 

 

Teresa Fernandes Swiatkiewicz estudou Línguas e Literaturas Modernas na variante de Inglês e Alemão, na FLUL, e leciona inglês numa escola pública. Entrou no mundo da tradução, quando, tendo concluído Filologia Polaca na Universidade de Varsóvia, as editoras começaram a propor-lhe a tradução de literatura polaca para português. Completou a sua formação com mestrado em Teoria da Literatura e doutoramento em Estudos de Tradução, na FLUL. É investigadora do grupo 5 - Interculturalidade Ibero-eslava do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, CLEPUL, sediado na FLUL. É membro da CompaRes (International Society for Iberian-Slavonic Studies). Em 2012, foi distinguida com Złoty Krzyż Zasługi [Cruz de Ouro de Mérito] pelo presidente da Polónia Władysław Komorowski por promover a cultura polaca em Portugal. Entre outros, traduziu A. Libera, P. Huelle, W. Gombrowicz, W. Szymborska, M. Rusinek, S. Lem, O. Tokarczuk.

 

 

Wisława Szymborska (1923-2012), poetisa polaca, crítica literária, ensaísta, tradutora. Prémio Nobel da Literatura em 1996. Pertence à geração dos poetas polacos do pós-guerra que responderam ao repto de Theodor Adorno: Como escrever poesia depois de Auschtwitz? Estreou-se em 1945 com a publicação de um       poema intitulado “Procuro a Palavra”, onde versa sobre a dificuldade de encontrar as palavras para descrever a realidade do pós-guerra. A sua obra poética (14 pequenos volumes) é marcada por algumas características recorrentes: uma atitude de ironia condescendente, a descrição de cenas do quotidiano, a precisão das palavras, a enumeração e a capacidade de rematar os seus poemas com extrapolações memoráveis que remetem para questões existenciais e filosóficas. A poetiza destinou o valor do Prémio Nobel a uma fundação cuja missão é promover a literatura polaca e apoiar escritores polacos. Traduzida em 41 línguas, é um fenómeno de popularidade no ciberespaço.

Autores: António Jacinto Pascoal, Antônio Moura, Birgitta Trotzig, Eucanaã Ferraz, Joanna Trzeciak, João Luís Barreto Guimarães, José Luiz Tavares, Giovanna Tomassucci, Gisela Ramos Rosa, Luís Filipe Parrado, Michał Rusinek, Ricardo Gil Soeiro, Teresa Fernandes Swiatkiewicz e Wisława Szymborska.

Edição: Abril de 2019

Páginas: 196

Encadernação: capa mole com badanas

Formato: 15cmx23cm

Foto da capa: ©PAP/Jacek Bednarczyk

ISBN: 978-989-54178-4-1