“[…]
Desdobra-se o poema
E em seu destino volátil e alado
Devolve-se à carne dos dias
E retomo cativo
A matriz de água e o grito
Latejante no peito arfante
Do poeta…”
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“[…]
quando o homem se respira intimamente respira-se na bainha da Poesia. seja grito denúncia anseio ou lástima. é como levantar a pele do coração e deixar que as asas do verbo lancem luz no invisível.
assim faz Manuel Veiga. ao arrepio do facilitismo cómodo ou de um romantismo falsamente embrulhado no celofane das modas.
é uma poesia em taça de fé com conteúdo espiritual e de uma estética apurada. […]”
Isabel Mendes Ferreira
[…] O jurista, o democrata, o homem da cidadania já era poeta muito antes da publicação deste livro, que os mais íntimos sempre lhe “reivindicaram”.
Um dia disse-lhe que a poesia não pretende salvar o mundo, só ajudar - e são tantos os mundos, os silêncios, os amanhãs, que por vezes nos recolhemos à imensidão dos quotidianos partilhados e a palavra se torna relâmpago, luz em riste - pulsa onde é improvável ver mais longe.
Com Manuel Veiga a palavra depurada, significante, purificada nos textos, flui sem margens e desagua à flor da pele. […]”
Eufrázio Filipe
Sobre o autor:
Manuel Veiga nasceu em, Matela, Vimioso (Trás-os-Montes), e vive em Bobadela, concelho de Loures.
É licenciado em Direito tendo exercido advocacia alguns anos no início de carreira, que depois prosseguiu como consultor Jurídico em Municípios da Área Metropolitana de Lisboa e mais tarde como Inspector Superior da Inspecção Geral da Educação, onde desempenhou funções no respectivo Gabinete Jurídico.
Entretanto, havia sido redactor de noticiários da Emissora Nacional e Copywriter de publicidade.
Colaborou esporadicamente na imprensa diária, designadamente, no “Diário de Lisboa” e em “O Diário”, e regularmente em revistas periódicas sobre temas de natureza política, económica e social, designadamente, a revista “Economia EC”, a revista “Poder Local”, e a revista “SEARA NOVA”, integrando presentemente o Conselho Redactorial desta última.