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Os contos aqui reunidos, embora tendo cada um a sua temática e a sua intriga próprias, são atravessados por elementos comuns: as transições entre a vigília e o sono, região onde vive o onírico; as passagens entre a vida e a morte, espaço quase virgem ao nosso conhecimento onde vivem medos e maravilhas; o déjà vu, interstício de tempo em que o antes e o agora se confundem; os estados modificados de consciência, onde a libertação das defesas racionais deixa irromper o esplendor, mas também os sofrimentos e desequilíbrios da mente. De como tais abstrações existenciais podem exprimir-se de um modo prosaico é o que nos contam as peripécias de Moribundo e Borimundo, Ansílio Portocarr
João Habitualmente nasceu no Porto em data incerta, por volta de 1980 – cerca de vinte anos depois da criatura que lhe alberga o heterónimo. Em 1995 surge o primeiro livro de poesia, Agradecemos/ Os sons parados, e o último em 2022, Estátuas na praça. Em 2019 é editado Um dia tudo isto será meu, uma antologia do seu trabalho poético. Publica também conto, microficção e diário. Tem presença em várias coletâneas, com destaque para Diga 33 - os poetas das Quintas de Leitura (Cadernos do Campo Alegre), Antologia da Cave - 25 anos de poesia no Pinguim, Cadernos do Rivoli, Pecados Correntes (publicação do Correntes d’Escritas) e Manua
Outras obras publicadas:
Agradecemos/Os sons parados (1995, poesia)
Notícias do pensamento desconexo (2003, microficção)
Os animais antigos (2006, poesia)
De minha máquina com teu corpo (2010, poesia)
Coisas do arco da ovelha - pequeno tratado do banal familiar (2014, diário)
Mais notícias do pensamento desconexo (2014, microficção)
Poemas em peças (2014, plaquete)
Os pulsos fistréticos - contos maléficos (2016, conto)
Poemas físicos da frente para a retaguarda na curva interior da estrada (2016, poesia)
Um dia tudo isto será meu (2019, antologia poética)
Estátuas na praça (2022, poesia)
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Edição: outubro de 2023 | ISBN: 978-989-9070-70-7 | Páginas: 146 | Encadernação: capa mole com badanas | Formato: 12cmx22cm