YOKO MESHI

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crónicas de viagem. Com fotos da autora. 

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(...) E sentada à mesa de café, como se estivesse sentada à secretária da escola, o dono do café, dono de um corpo com excesso de peso, talvez os bolos, talvez o álcool, talvez o acumular dos anos, tem idade para ser meu avô, a propósito da galaktoboureko e do seu avô turco, ensina-me um provérbio turco, contado em inglês com sotaque grego, que reza assim: When a clown moves into a palace, he doesn’t become a king. The palace becames a circus.

O que me deixa a pensar que um palácio não é uma casa, é outra construção, é uma metáfora, e que se pudesse pedir, querer, queria um pátio, um pátio soalheiro, grego ou andaluz, com um limoeiro.

E claro que não saí do café sem saber a história deste avô turco, não passou de uma história de amor, curta no contar porém longeva, sem mais peripécias do que as geográficas, como se o amor fosse coisa de somenos.

(...)

p.235

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Raquel Serejo Martins 

Economista a contragosto, fumadora com gosto e com desgosto, vegetariana, nadadora nada exímia, dançava flamenco agora estuda violoncelo, vive em Lisboa, tem dois gatos. Tem publicados dois romances: A Solidão dos Inconstantes (2009) e Pretérito Perfeito (2013); seis livros de poesia: Aves de Incêndio (2016), Subúrbios de Veneza (2017), Os Invencíveis (2018), Plantas de Interior (2019), Silêncio Sálico (2020) e Valsa a Vau (2021); e duas peças de teatro: Preferia estar em Filadélfia (2019) e A Iguana Viúva (2021) galardoada com o Prémio Miguel Rovisco (3ª edição). Tem poemas traduzidos para espanhol, francês e inglês. Já escreveu a letra de duas canções.

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Edição: Junho de 2023 | Páginas: 290 | Encadernação: capa mole com badanas | Formato: 14cmx22cm | ISBN978-989-9070-65-3